Uma recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) revelou que, ao poupar dinheiro, 65% das pessoas escolhem a poupança. As razões para isso podem ser consideradas alarmantes:
- 28% preferem aplicar em algo que dê para sacar com facilidade;
- 28% dizem não sobrar dinheiro para investir;
- 20% usam essa estratégia por mero costume;
- 17% dizem ter medo de perder tudo em outro investimento.
O momento econômico brasileiro e as características desse investimento não mais justificam aplicar na poupança ou deixar o dinheiro no banco sem nenhuma movimentação. Vamos investigar, neste artigo, algumas razões para levar seu saldo para outros tipos de aplicação. Confira!
Deixar o dinheiro parado no banco é perder poder de compra
O dinheiro parado na conta corrente significa perder poder de compra, já que o saldo não é reajustado pela inflação. Para 2019, por exemplo, a expectativa do mercado é de fechamento do IPCA em 4,12%. Na poupança, o rendimento deve ser de simplório 0,32% ao mês, ou 3,91% no ano.
Outro risco de deixar o dinheiro no banco é ceder às compras por impulso e descontrolar o planejamento financeiro familiar. A CNDL e o SPC, em outro levantamento, apontaram que quase 60% dos consumidores compram por impulso. Com os recursos aplicados em outros tipos de investimento, essa possibilidade é reduzida.
O falso argumento da impossibilidade de saque
Uma das razões apontadas para a preferência pela poupança ou por deixar o dinheiro no banco é a impossibilidade de saques ou de uso imediato em outras aplicações. Isso é um mito!
Sobretudo com a ascensão das fintechs, há bancos digitais em que, mesmo que seu dinheiro esteja na conta corrente, rende 100% do CDI. Esse valor tende a acompanhar a Selic, que recentemente foi reduzida para 5% ao ano.
Já outros tipos de investimento em renda fixa já permitem a modalidade D+0 ou D+1, ou seja, o dinheiro do investimento é disponibilizado no mesmo dia ou no dia seguinte, como é o caso do fundo TG Liquidez Renda Fixa. As corretoras, em caso de investimento em renda variável, também trabalham com prazos semelhantes. Em maio, por exemplo, a B3 reduziu para 2 dias úteis o prazo para a liquidação de produtos de renda variável no mercado à vista.
Medo e costume são grandes inimigos
Outras das razões apresentadas na pesquisa da CNDL e do SPC são o medo e o costume de deixar o dinheiro no banco. Um dos riscos dessa prática é perder os bons momentos da economia e dos investimentos, especialmente em um momento de juros baixos e alta na bolsa.
Para se ter uma ideia, o Ibovespa, índice de referência da B3, saiu de 90 mil para 115 mil pontos somente neste ano (fechamento de 30/12/2019). Outro desconhecimento por parte da população que a faz deixar o dinheiro no banco é não compreender que é possível investir com pouco capital.
Ações, títulos do tesouro, fundos imobiliários, entre outros, são modalidades de investimento acessíveis a pessoas físicas, mesmo começando por baixo. Mas, aos poucos, mais pessoas estão percebendo esse fato. Por exemplo, o número de investidores em fundos imobiliários dobrou, quando comparado ao primeiro semestre de 2018, e chegou à marca de 1 milhão de cotistas.
Portanto, esses são alguns dos fatores que tornam ruim a prática de deixar o dinheiro no banco sem movimentação, emprestar dinheiro sem rentabilidade ou, até mesmo, guardar dinheiro em espécie. O investidor dedicado procura sempre maneiras de se manter atualizado sobre a economia do país e as modalidades de investimento para dar melhor aproveitamento aos seus recursos.
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